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Tirantes

 

Tirantes são elementos lineares capazes de transmitir esforços de tração entre suas extremidades, de forma que uma de suas extremidades fica fora do terreno ligado a estrutura pela cabeça de ancoragem e a outra extremidade que fica enterrada, é designada por trecho ancorado ou bulbo de ancoragem, que tem a função de transmitir as cargas para solo.

 

Entre a cabeça de ancoragem e o bulbo de ancoragem existe o trecho livre efetivo de alongamento.

 

Distinguem-se dois tipos de tirantes:

 

Quanto ao tempo de uso

  • Provisórios -  quando sua vida útil não ultrapassar a 24 meses
  • Definitivos – quando sua vida útil for superior a 24 meses

 

Cabe ao incorporador ou proprietário a definição do caráter da obra, quanto a ser de um tipo ou outro.

 

Quanto a sua estrutura:

  • Monobarra
  • Armação múltipla de fios e cordoalhas de aço
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    Tirantes com armação múltipla, podem ser com fios ou cordoalhas, nos tipos apresentados a seguir:

    » Fios podem ser:

    CP145 RB, CP150 RB, CP170 RB e CP175 RB, encontrados no mercado nos diâmetros: 4, 5, 6, 7, 8 e 9 mm

     

    » Cordoalhas podem ser:

    3 fios CP190RB, nos diâmetros:  6,5 – 7,6 – 8,8 – 9,6 e 11,1mm

    7 fios CP190RB nos diâmetros: 9,5 – 12,7 e 15,2mm

     

    Para os tirantes executados em monobarra, a estrutura possui as seguintes características:

    » Diâmetro das barras variando de 22 a 100mm

    » Carregamentos:

    • Provisórios variando de 230kN a 1170kN

    • Permanentes variando de 200kN a 1000kN

     

    Perfuração

     

    Perfurar no comprimento de projeto, com diâmetro da ferramenta de 75mm, que resulta em diâmetro acabado superior. Garantir a estabilidade da parede durante a perfuração, pelo uso de água limpa, lamas ou revestimento metálico provisório, ou ainda perfuração com ferramenta helicoidal, a seco.

     

    Instrução de execução

     

    Atividades:

     

    • Procedimento executivo e atividade;

    • Montagem;

    • Locação e perfuração

    • Injeção e Instalação

    • Protensão

     

    Procedimento executivo e atividades

     

    • Perfuração, preparo e montagem

    • Instalação da armação e injeção de bainha

    • Injeção no comprimento de ancoragem

    • Ensaio de arrancamento e incorporação da carga

    • Execução da Cabeça

     

    Montagem

     

    A montagem é feita obedecendo as premissas exigidas em projeto no que tange a estrutura (quantidade de barras, fio ou cordoalhas), comprimento livre e ancorado e proteção contra corrosão.

     

    • Desenrolar os elementos de tração recebidos em rolos esticando-os, ou receber as barras retilíneas já cortadas. Este material deve ser armazenado em local isolado do solo e coberto;

    • Cortar os elementos de tração conforme projeto;

    • Executar a proteção anti-corrosiva, instalar o espaguete no trecho livre dos elementos de tração;

    • Montar na barra de PVC, após perfurada, as válvulas manchete a cada metro, no trecho ancorado;

    • Com o elemento de tração e PVC preparados, é iniciado a montagem, colocando os espaçadores necessários;

    • Armazenar o conjunto montado em local coberto e isolado do solo, protegidos contra danos.

     

    Locação e perfuração

     

    Deve ser executada por perfuratriz rotativa em solo ou rotopercussiva em rocha com diâmetro e comprimento definido em projeto, podendo ser com circulação de água, lama estabilizante ou ar comprimido, com ou sem revestimento recuperado.

     

    • A locação deverá ser feita por topógrafo, a cargo do cliente;

    • Definir o sistema de perfuração, rotativo com circulação de água, rotativo com trado ou rotopercussivo (martelo pneumático). Esta definição vai depender do tipo de solo a ser perfurado;

    • Instalação do equipamento junto ao ponto de perfuração, com a inclinação e direção de modo a atender ao projeto;

    • Perfuração com observação das camadas atravessadas;

    • Preenchimento do boletim de perfuração.

     

    Instalação e injeção

     

    As protensões devem ser feitas com a utilização de células de carga, normalmente hidráulicas devidamente calibradas, compatíveis com as cargas de teste dos tirantes.

    O ensaio dos tirantes deverá atender aos requisitos da NBR 5629/1996, tabela 2 – Cargas a serem aplicadas no ensaio de recebimento, sendo a reação dada contra a própria estrutura ou através de vigas de concreto ou metálica.

     

    • A Protensão só deve ocorrer, 7 (sete) dias após a injeção de calda de cimento nas manchetes, ou de acordo com a norma NBR 5629, caso seja utilizado  cimento CPII ou CPIII, para o caso de cimento de alta resistência inicial (ARI), esse tempo pode ser reduzido para 3 (três) dias;

    • Montagem do conjunto de ancoragem em cada tirante;

    • Execução de ensaio de tração (carregamento e descarregamento), e incorporação da carga de trabalho;

    • Preenchimento do boletim do ensaio;

    • Injeção de calda de cimento na cabeça;

    • Proteção da cabeça (por conta do cliente).

     

    OBS – Caso o tirante não suporte o ensaio, comece a se deformar, nova injeção deverá proceder nas manchetes e novo ensaio de tração e incorporação deverá ser feito, após tempo de cura do cimento.

     

    Preparo da cabeça de proteção

     

    Esta proteção é obrigatória para o caso de tirantes permanentes. O preparo da cabeça de proteção é feita com a instalação de dois tubos de injeção antes da concretagem do bloco.

    Após a concretagem do bloco, injeta-se calda de cimento por um dos tubos até que ela saia pelo segundo tubo, eliminando-se dessa forma eventuais falhas de concretagem.

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